Pedras Rolantes

"A vida é aquilo que acontece enquanto estás demasiado ocupado a fazer outros planos" John Lennon



"You can't always get what you want, but sometimes, yeah just sometimes, you can get what you need" The Rolling Stones



sexta-feira, julho 25, 2008

Split Second (I)

Este há-de ser o 1º "segundo cindido", meio segundo, cinquenta centésimas, quinhentas milésimas. Penso que toda a gente os tem, momentos zen, anti-zen, horários ou anti-horários, semi-contentes, esfuziantes ou semi-neuras.
São momentos em que o mundo pára, mas continua, como se estivéssemos abstraídos a pensar no infinitésimo, ou tivéssemos atingido a omnisciência (subjectiva e relativa). Momentos não só palavras, não só sentidos, não só matemática, metáfora ou arte, mas uma coisa completamente diferente.
Como uma freeze-frame, uma fotografia parada, das 30 ou coisa que compõe um segundo de filme. Freeze, como em momento imobilizado, congelado, segundo cortado ao meio.

Efeméride

Estão criadas as condições.
Todo o meu silêncio vai para ti.
Orgulhosamente Só.
O meu silêncio passa a ser o meu amor por ti, porque as palavras que me queres obrigar a dizer se calaram todas ou nunca existiram.
O meu silêncio é a minha arma para gostar de ti sem condições, mesmo que implique deixar de ouvir o que dizes, deixar de ler o que escreves.
Só lanças o isco quando precisas, quando sabes que não era necessário lançar o isco se não tivesses tanta fúria por explodir.
Calada espero pelo melhor de ti.
10 minutos diários de silêncio.

segunda-feira, julho 14, 2008

Okupa

E não é que mais uma vez este meu exercício se está a tornar esporádico? Que há que se comente? Tudo. Está tudo na mesma e continua tudo mal.
Penso em alargar as minhas divagações a outras almas inquietas a quem estes tempos provocam urticária, úlcera gástrica e outras mazelas que são por demais irritantes.
Parece também que à medida que olho em volta, a liberdade dos outros vai ficando mais pequenina, encolhida, resistente ou desistente. Brio é coisa que já não importa, todos lembram o factor C (marca registada e à prova de qualquer vitamina).
E a prova de que esta vida ainda não deixou de me pasmar ( e pensava eu que já tinha "ouvisto" muita coisa...), é a sua capacidade de não parar quieta... Li num sítio qualquer pouco recomendado (estilo previsões pª 2008), que ía ser um bom ano para mim. Será? Mesmo?
Minha tribo, bora daí, temos que abanar o capacete.

sexta-feira, julho 04, 2008

Contado até já se acredita

Afinal parece que o homem (que afinal não era tão homem como isso, uma vez que tinha útero e ovários) grávido já deu à luz. Estava ontem no Sapo, com o alarido provável que uma notícia de rodapé tem às onze da noite num portal da internet.
Agora esta coisa das notícias na net tem lugar para comentários. Uma espécie de interactividade? Não acredito que quem poste as notícias os leia; e quem posta os comentários é tão malcriado e alarde, que desconfio que problemas de relacionamento e interactividade não sejam o que mais os preocupa.
Temos então um homem, perdão, transsexual, ou seja, alguém que passou meses / anos da sua vida a jurar a psiquiatras e psicólogos que era um homem aprisionado dentro de um corpo de mulher, e que conseguiu a bendita autorização para a operação de mudança de sexo. Afinal, para além do inconveniente e permanente XX, foi a operação que começou por não ser completamente contundente.
Numa altura em que se faz tudo, literalmente, em que pais aterrorizados pedem a cirurgiões plásticos para fazer dos seus filhos com trissomia 21 "atrasados", mas com uma cara linda que ninguém desconfia, é , pelo menos estranho que a uma mulher que quer ser homem e está a fazer terapêutica hormonal de substituição, lhe façam o mesmo - por fora és uma coisa, por dentro logo se decide.
E assim, este milagre da ciência / tolerância (?) moderna casou-se (ou equivalente) com uma mulher que não podia ter filhos. Não há problema, tenho-os eu (diz o transsexual que era uma mulher que queria ser homem). Parou as hormonas masculinas, começou as hormonas femininas. O XX ficou grávido e teve uma criança.
Não sei se vai amamentar... Quem é esta pessoa? Quem será esta criança (não pelos 2 pais, 2 mães ou qualquer coisa parecida, mas é fruto de quê? Sopa hormonal?) Filho/a, o teu pai andou contigo na barriga mas ele é muito homem (tirando alguns orgãos fundamentais).
Onde está o argumento para mudar, mudar, voltar a mudar e estar tudo bem. Onde está o argumento para deixar de criar frankensteinzinhos, no "melhor interesse do cliente$$"? Onde está o argumento para investir na ciência e não na acrobacia? Onde está o argumento para dar casa a uma criança orfã, quando os presumíveis candidatos a foster parents (sim, nos states é possível que transsexuais e homossexuais sejam pais adoptivos - aleluia!) preferem gastar fortunas só para fingir que talvez sejam o que são?
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