Pedras Rolantes

"A vida é aquilo que acontece enquanto estás demasiado ocupado a fazer outros planos" John Lennon



"You can't always get what you want, but sometimes, yeah just sometimes, you can get what you need" The Rolling Stones



sábado, setembro 13, 2008

13 de Dezembro de 2001

Nesse belo tempo em que o Diário de Notícias era um jornal de referência e no DNJovem se escreviam às vezes coisas sérias (meu habitat natural), aproveitei para espremer alguma da desgraça que trazia agarrada desde o 11 de Setembro. Quem me conhece bem, sabe que em mim as desgraças se vão colando como post-its umas às outras (mas com muito mais cola), até chegar a compêndios de tamanho enciclopédico.
Posso dizer que o 9-11 me marcou de uma maneira tão estranha que é difícil explicar. Não sou americana, pro-americana, contra-americana, pro-republicana, pro-democrata convicta; conheço-lhes uma quantidade ínfima de país e aeroportos, conheço-lhes gaziliões de coisas que me entraram ao longo dos anos pelos olhos e ouvidos dentro ( e os Haagen-Dasz, e os Ben & Jerry...), conheço-lhes os truques da língua.
Se calhar, conheço-os mais do que gostava. Em Nova Iorque ou noutro sítio qualquer, quando me ocorria pensar "Esta gente tem toda licença de porte de arma, a maioria anda armada, uma data de gente morre por isso, SOCORRO". Eles sempre tiveram medo de ser os polícias do mundo; há 7 anos eles demonstraram-no publicamente, aceitando que as suas liberdades fossem restringidas a favor da segurança, e que o oligofrénico que eles escolheram pelo menos uma vez os levasse não para a Mãe de todas as guerras, mas para a última guerra americana.
Li, li muita coisa sobre o atentado, ruminei até me sair pelos poros. Não me dou bem com o caos que não seja natural, isto é, produzido pelo homem. Com o caos e o desnorte cirurgicamente implantados na cabeça das pessoas. Não é terror, é tirania.
No próximo post, um texto publicado no DNJovem 3 meses depois. Then & now...
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