Pedras Rolantes

"A vida é aquilo que acontece enquanto estás demasiado ocupado a fazer outros planos" John Lennon



"You can't always get what you want, but sometimes, yeah just sometimes, you can get what you need" The Rolling Stones



sábado, janeiro 24, 2009

Des nouveaux copains

"Cadastrados" do Gatil 2 (alguns)




Laila - a oferecida do grupo, faz tudo, até espreitar o bichano do lado, "só" por moooooooontes de festas



Flynn - o sr porteiro, sabe tudo o que se passa e tem um espreguiçar especial, para além de um dente voltado para cima.



Chaves - apesar do bigodinho à führer, é dengoso até mais não; roça-se, dá marradinhas, esparramalha-se no chão


Filipa - tímida e reservada até começar a por-se em ponto de interrogação

provável afilhada bambina


Nina - idosa com insuficiência renal e mau feitio (o focinho mostra as esganadelas com o sr porteiro) .


Apolo - o gato ranhoso, mas sempre, sempre, sempre, sempre.

Hoje fui à UZ, munida de mantas e comidinha (faltaram os medicamentos que não estavam todos disponíveis na farmácia, mas como penso fazer desta visita um hábito regular, não há mal). É fácil chegar lá, quer por Sete-Rios quer por Benfica. O site explica e o google maps ajuda; primeiro tudo muito normal, depois bairro camarário, depois imenso nada e subida com uma espécie de quase semi prédio por construir e uma bruta antena de telemóveis...dentro da UZ(...).


Os padrinhos/madrinhas de cães saem alegres para o passeio. Lá dentro sou snifada por uma manada (sim, não uma matilha) de cães de todos os tamanhos e feitios...e vou entrando. Há vários portões a separar cães que trepam por nós acima quando lhes fazemos festas. O gatil é a uma das pontas, e tb por lá andam cães desaustinados, entre os quais um dálmata que coxeia bastante. Uma cadelita de pelo comprido está escondida debaixo de uma mesa - vêm buscá-la ao colo.


Os empregados não são de muitas falas nem de caras despreocupadas. As voluntárias desdobram-se em informações. Parece que os fins de semana são dias grandes para adopções.

Fiquei a saber que a minha possível afilhada já deve ter sido adoptada, por isso, que tal conviver dentro de um gatil, com os bichanos, depois de devidamente apresentados (devo ter lá estado mais de uma hora)?

(amanhã, mais desenvolvimentos, que a tecnologia está a falhar-me miseravelmente...)
Pois então, o amanhã, tornou-se 4ª feira e a tecnologia ok tornou-se comunicação não ok, cá se há-de arranjar.
Pois então, passei mais de uma hora no gatil dois (dentro do) a conviver com almas felinas. É verdade, é terapêutico, é zen, é tudo. A máquina fotográfica não resistiu a tanto charme, por isso, as fotografias aqui presentes são do telemóvel, ou quando eles estão muito em pose, da própria UZ (mas eles fazem MESMO pose para a fotografia).
O sr Flynn, que eu julgava ser Felino, não deixa os créditos por mãos alheias da sua função de porteiro a passar revista às tropas. São para aí 10 almas felinas com direito a "caminha" individual com mantinha, em duas divisórias, comidinha e água á discrição. As fotografias dos visados estão por aí.
Basicamente comportam-se segundo o paradigma dos felinos: a) como o Flynn - curioso e controlador, vem dar as boas vindas, espreguiiiiiiiiiiça muito, de vez em quando gosta de festas e dá a volta ao recinto; não pede, deixa que lhe dêem; b) como a Nina ou Madalena - ou fulminam com o olhar "se te chegas corto-te às postas" ou "eu olhei para ti? foi engano" -desprezo incidental; c) vergonhosamente oferecidos- Laila e Chaves; turras, marradas, exposição de barrigas, cusquices - mel puro; d) não se aproximam, têm uma maneira de reconhecer diferente - vamos nós a casa fazer festas, que ela não pede mas está mortinha para que lhe façam, porque qdo brinco com o sr que se segue, alínea c, fica a olhar, diria mais a absorver, como a Filipa.
E os outros estavam na hora da sesta.
Bem, uma pessoa sai de lá "carregada". Haverá muito mais para dizer e muito mais visitas. O que eles precisam muito é areia, fiquei a saber. Alguns medicamentos são só veterinários, e quando chove as mantas a lavar não secam, por isso precisam sempre.
Penso que, tendo em conta aquilo com que sobrevivem, estão a fazer um trabalho louvável, infelizmente uma agulha num imenso palheiro.
Sei que a Laila foi adoptada, infeliz (para mim) e felizmente, terá agora um lar para ser absolutamente dengosa.
Não falei muito dos cães, que aliás dispõe da maior parte do espaço. Em, transito pareceu-me que estendesse a mão a um, a vizinhança ficava toda com olhinhos súbitos de belly rub. Vou atacar 1º os gatos, tem mais a ver comigo e com a minha personalidade. Mas se me apresentarem um cão só amor, é mais um para a energia zen. Minha e deles.
Madalena - olhos verdes - "are you talkin to me?"

não me lembro do nome -enroladinha riscada, mesmo a semi-dormir gostou de festas

mais uma do herr Chaves gorrducho - fazendo o favorrr de esticarrrr a barrriga parrra melhorrrr aplicarrrrr Muitas Festas

Bem perto da saída - um canito aprecia o que pode das vistas, todo enroscadinho; diz-me o sr que é velhinho e tem problemas de coração

Não temos todos?
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