Pedras Rolantes

"A vida é aquilo que acontece enquanto estás demasiado ocupado a fazer outros planos" John Lennon



"You can't always get what you want, but sometimes, yeah just sometimes, you can get what you need" The Rolling Stones



quinta-feira, outubro 29, 2009

diz que é uma espécie de sufrágio


Deputados e autarcas da nação, ministros e funcionários da administração pública vs PT investida em fedorentos: como disse Marcelo - agora o RAP tem mais poder que eles todos juntos.
Resta é adivinhar, para além do óbvio, o que é que vai fazer com ele. Política? Já houve um que dizia que  era uma espécie de director de jornal do contra...
A N. Sra. de Fátima que nos valha, se puder (ou se quiser).

(os políticos mostraram apenas uma coisa - que são iguais a eles próprios. Ninguém que eu tivesse visto fugiu para muito melhor do que se esperava dele e virou a mesa ao RAP. Até os candidatos são uma cambada de subservientes do caraças... aquilo é mesmo o que merecemos? Socorro.)

Affirmation


Lesbian Gay Bissexual Transgender.(LGBT)

Descobri este "estilo literário" na livraria do Monumental depois de ter saído do Cine-Teatro (Grand Torino). Caí imediatamente na realidade sem Clint. O Oscar Wilde escreveu dos mais lindos contos para crianças (sem os freudianos ogres e monstros) que conheço. Virgina Woolf se fosse viva afogava-se outra vez.
Romances "homo" e romances "hetero". FGS=for god's sake... Vão-se lixar. Amor não tem identidade de género. Ou queremos ser uns mais iguais do que os outros? Vou avisando que pior que a palavra queer ou gay, que são, absolutamente, ridículas, é a palavra straight e a maneira igualmente depreciativa como a usam: "normal", "alinhado", "direito" soam mal, como uma chaga na consciência de não sermos anjos tolerantes. 
Não quero ser normal, nem alinhada, nem direita. Gosto de um bom romance, independentemente da orientação sexual e política de quem o escreveu. AH, e gosto de homens. (straights, também, de preferência).

Let the games begin...

Há um prédio a uma esquina com o nome Companhia de Seguros de Crédito (COSEC). Nunca tinha dado verdadeiramente por isso.

Sms SCUT


Sem custos para o utilizador. Não consigo utilizar linguagem sms para escrever sms's. Quanto mais, uso abreviaturas. Não consigo escrever para o blog sem editar um compêndio. É claro que isso me atrasa vários meses, sobretudo com o jet lag com que já ando. Ser freelancer tem o seu lado lixado. Mas postar em formato "sms alargado" é uma ideia. Talvez dê pª pôr a escrita mais em dia. Por enquanto, os acontecimentos não foram esmiuçados. Be prepared.

domingo, outubro 18, 2009

melhor que o Pauleta

É rádio online, é natural dos Açores, melhor até que os queijinhos da ilha todos juntes!
O Mestre fotografado frente à sua labuta.

"A Rádio Ilhas, tem, desde hoje, 8 de Setembro, a sua sede no Coliseu Micaelense. O protocolo, que visa a cedência do espaço para as instalações desta estação, na maior sala de espectáculos dos Açores, foi assinado pela Presidente da Sociedade Coliseu Micaelense, Berta Cabral, e por um dos responsáveis pela Rádio Ilhas , Mário Jorge Pacheco.
A Rádio Ilhas, cuja ideia foi concebida por Mário Jorge Pacheco e João Almeida, pretende ser um espaço único de divulgação da música, cultura e costumes açorianos e tem como público alvo as comunidades de emigrantes dos Açores espalhadas por todo o mundo. Segundo a Presidente da Câmara de Ponta Delgada, que falava na qualidade de Presidente da Sociedade Coliseu Micaelense, este projecto é de louvar, porque “vem concretizar o sonho de levar às nossas comunidades de emigrantes a nossa música, a nossa cultura, as nossas tradições. Já fazia falta um projecto do género nos Açores”.
Notícas que chegam du Canadá...


Natural dos Açores, 24 horas por dia, todos os dias.

piccolissima serenata





Quando escrevi sobre o Kepa, queria indexar uns pequenos exemplos do You Tube. A tecnologia não deixou. Aqui estão hoje, música mais que as palavras.

blow up

Life does not consist mainly, or even largely, of facts and happenings. It consists mainly of the storm of thoughts that is forever blowing through one's head.
~ Mark Twain

sexta-feira, outubro 16, 2009

portugalzinho, olé 2

...e depois vem o tema "Maitê". Só mails sobre o infortúnio de uma Nação ofendida.
Ser-me-ia perfeitamente indiferente, não fosse a insistência em que fosse notícia de telejornal.
Estou-me perfeitamente nas tintas para a senhora. Quando cá vem, elogia os avós portugueses & tal. O que me choca é que isto tenha passado como laracha num programa de "senhoras", ie, num programa de pessoas que têm pouco para fazer senão ser desbocadas. E ela desculpa-se, dizendo que gozam da mesma maneira até com o Lula...
Se me interessasse, ficava indignada, porque todos estes ditos: a) dão má fama ao sexo feminino; b) não me considero ao nível do Lula, mas também não me revejo ao nível sobre o qual a Maitê terá improvisado (não vi a "obscenidade" toda, só truncada).
Mas se bem me lembro, a pobre senhora bem tentou falar português numa série qualquer, e saiu qualquer coisa pior que o Mário Soares a falar francês. Muáaaaaaaá. Para além do mais, sabemos que os brasileiros preferem que falemos bem devagar senão não nos percebem.
Se ela tentou falar e perceber português, está desfeito o equívoco. Senão, como seria possível confundir um computador portátil com uma capivara?
Desprezo, puro & simples. E muito pão com chouriço.
(ou como diria o Filipão, "e o burro sou eu?".)

portugualzinho, olé

Não pensava, nem tão pouco imaginava, que pouco tempo depois de recuperar aqueles debates sobre animais, fosse mesmo promulgada uma lei a arrasar os circos tradicionais.
Este novo lobby ANIMAL que se diz ecológico, biológico, eticamente correcto e mais não sei das quantas havia era de se espetar um chip a si próprio como potencialmente perigoso para os animais, humanidade e planeta Terra, em geral e particular. Estão a travar o 1º e quem sabe único contacto que muitas crianças têm com animais. A seguir vão atrás do Jardim Zoológico, do Badoca (que é muito pior, se formos a isso) e do Oceanário, porque estão a "inflingir stress aos habitantes ao retirá-los dos seus habitats naturais".
E se o único recurso for precisamente esse? Não é o que eles estão a fazer com os Pandas, para evitar a sua extinção? Não se tenta nesses casos desesperados a "procriação medicamente assistida" que tanta celeuma causa em quadrantes da nossa espécie? Será que alguém se impressiona ao saber que muitas espécies só se poderão salvar devido à proveta e à criação de áreas protegidas e vigiadas?
Os animais do circo estão proibidos de se reproduzir. Os tigres correm sérios riscos de extinção. São caçadores & carnívoros. Vamos salvar só as gazelas?
Lembro-me de um programa que vinha na cassete de demonstração com o ZX Spectrum (sim, o 48k). Era um estudo sobre a variação de 2 populações: coelhos e raposas. E mostrava o que acontecia se houvesse um desequilíbrio, para mais ou para menos, em cada uma delas. Os desequilíbrios naturais são corrigíveis; os humanos não, como a introdução dos coelhos na Austrália, da rã touro na América, ou, digamos, de pombais por essa Lisboa desordenada fora.
Estas medidas proibicionistas, em vez de criarem melhores condições para, tiram todas as condições de.
Estamos a ser cada vez menos exemplos de homo sapiens sapiens, cidadãos e civilizados. Deixámos de tolerar. A nossa liberdade deixou de acabar onde começa a dos outros. Passam a designar-se "animais para fins recreativos" (como se nós próprios não fôssemos animais, e para fins bem mais funestos). Cria-se para as crianças uma fossa asséptica onde sujar e tocar e experimentar já não é permitido. Resta o Magalhães e a playstation?
Para os demasiado ecologicamente correctos - lembrar que nos EUA há terrorismo pró-ambiental - uma contradição em termos, à séria é pouco; eles põe bombas, como os terroristas pro-life punham nas clínicas de abortos, a fazer lembrar aquela triste zurrapa dos transgénicos, quem precisa de ser "normalizado" somos nós.
Os animais devem voltar para o paraíso perdido da selva (mesmo que esta já não exista). Nós só precisamos deles para 3 coisas - comer, trabalhar por nós, e para diversão (sim, onde é que julgam que se enquadram os animais de companhia?)- ou seja, para serem explorados & dizimados pelos ferozes humanos.
A civilização tal como a conhecemos, baseou-se na agricultura do crescente fértil e na existência de excedentes, de modo a que pudéssemos parar, observar e pensar, e inventar maneira de preservar os pensamentos pela escrita, inventar objectos que nos tornassem a vida discretamente mais fácil. Foi assim que evoluímos, ao lado dos nossos vizinhos de outras espécies. A dita "opressão" é recente, e a sua "categorização" mais ainda.
Agora, confesso, que já não sei em que pé andamos, se mais perto da arca de Noé, ou da torre de Babel.

quinta-feira, outubro 15, 2009

Grão Vasco


Foi em Julho, se a memória não me engana, ainda inserido nas Festas de Lisboa, este ano com uma iniciativa paralela (cujo nome agora me falha) sobre transumância, a decorrer no cinema São Jorge.
Quando me chegou às mãos o programa das festas, tarde e a más horas -no ano passado, tiveram a delicadeza de o mandar pelo correio a muitos munícipes sortudos; este ano tive literalmente que o rapinar em terra de camones, ie, entre a Sé e o Castelo -, vi que havia Gaiteiros de Lisboa, e mais uns que não conhecia. Um deles era o Kepa.
O Kepa é uma espécie de rei da world music aqui tão perto, que curiosamente as lojas que vendem música (Fnac, Fnac, Fnac, ou Worten) fingem desconhecer. Online e ao vivo, pela graça de Deus, é possível desfazer o equívoco. Basta ir ao You Tube, e fica-se viciado. Literalmente. Ele tem um dom. E não só. Tem pelo menos um grammy, prémios internacionais e BBC world music, mais do que a Mariza se pode ( muito humildemente) orgulhar.
Nasceu em Bilbao, país vasco - que não só troca os vês pelos bês como as gentes do norte como também tem uma facção armada que gosta de mandar espanhóis pelo ar. Toca tritikixa, que é um acordeão diatónico basco (na verdade, a capacidade de expansão do fole aproxima-o da concertina) e traz consigo um grupo variado de músicos que aproximam a música tradicional ao jazz, pop e world com todo o ritmo, respeito e bom gosto. Entre os instrumentos destaca-se também a txalaparta, que é uma espécie de enorme xilofone de madeira em que se pode ir mudando os componentes. A explicação que eu dou é insuficiente. Aquilo dá um som, um ritmo, as ripas davam para fazer bom chão e dormir em cima, são percutidas também com madeira, só visto.
O Kepa, para além de ser simpático e ter ouvido musical, já publicou vários álbuns, onde vai à procura das raízes pela Europa e América fora. Ouvem-se gaitas, que não são de foles, mas parecem, ou irlandesas, mas não são, guitarras, vozes portuguesas, tantas: Dulce Pontes, Mafalda Arnauth, João Afonso, Vitorino, Júlio Pereira, Teresa Salgueiro, e estou-me a esquecer de várias.
Falando do concerto, aqueceu (e já estava calor) & convenceu. O São Jorge podia ter vendido mais bilhetes, porque a sala é óptima para concerto (já nem me lembrava), e a parte realmente aberta ao público estava cheia (no fim até dava para o pé de dança).
Na minha fila, um homem tentava na maior filmar o concerto integral por telemóvel... É menos que meter o Rossio na rua da Betesga.
No fim, os fãs puderam apascentar a dedicação com alguns cds à venda e com uma espera pelo Kepa encalorado que fez questão de dedicar os seus álbuns em basco. Depois de árdua pesquisa consegui perceber o que já fazia ideia de estar lá escrito -mas é mesmo difícil, a escrita a a fonética são diferentes, têm vários artigos, pronomes e formas verbais conforme o número, o género, o sujeito...
E os bascos, o que têm a ver com o pastoreio? Ora, por isso é que são bascos. Enquanto os romanos se entretinham com a Pax Romana e aculturação, alguns pastores resistentes (que não a aldeia gaulesa do costume) do sul de França e norte peninsular, como semi-nómadas, mantiveram a cultura pré-romana dos celtíberos, e daí a língua basca tramada. em que a ordem sujeito, predicado, artigo etc parece completamente subvertida. A língua é pré-românica e não obedece a nenhuma das leis do latim. A musicalidade também ficou. Alguns milénios mais tarde, as vizinhas Navarra e Pamplona contribuíram para o aparecimento de outro grande fenómeno basco, que não a ETA, mas sim a Kukuxumusu.
Portanto, em basco sei dizer Euskara, Kepa JunKera, trikitixa, txalapatra, Bilbao e kukuxumusu (beijo de pulga).
Quanto ao Sr grão Vasco, espero que volte muitas vezes, porque vale mesmo a pena.


quinta-feira, outubro 08, 2009

SERÁ que

12.000 pessoas afundavam o Santana Lopes de uma vez por todas?
Estragou a Cultura, o Sporting, Lisboa, o Governo do país, o PSD, a entrada do Mourinho, e quer voltar. Ok, Pedro Granger, se te esconderes na Worten estás safo, mas tragam-me o escalpe desse homem para que não estrague mais a minha cidade. É minha, não emigro, mas não o quero a destratá-la.
Lisboa está comatosa, em grande parte estrangulada sobre si mesma. Há 100 anos, 50, 10, dez anos, era irreconhecível. E cada vez se torna mais irreconhecível, descaracterizada e sombria mesmo sob o sol radiante. Porque é minha, que nasci em São Sebastião da Pedreira, como tanta gente, não o quero. O terramoto/maremoto ao pé dele não é nada.
É lícito presumir que ele fará muito pior dado os exemplos como autarca. E que os túneis tornem Lisboa subterrânea diferente de Lisboa ao sol, e tirem Lisboa ao Tejo, deixando-a a meter água e com as fundações pombalinas ressequidas. Que não reste nada do que foi Olissiponia, nem da História do Cerco de Lisboa, porque já está por pouco tempo a capitulação dos mouros (nós, alfaces).
Se a memória não me engana foi no consulado Santana/Carmona que o arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles foi demitido da CML. Então, por que diabo o MPT o apoia? Serão loiros e dondocas? Também?
Sebastião José, faz qualquer coisa. Não quero mais concertos para violoncelo de Chopin, nem no estádio de Alvalade.

sexta-feira, outubro 02, 2009

ministry of silly walks

Pela quinquagésima vez, o John Cleese estava caído. (Desta vez, já vai para algum tempo). Já tentei todos os miminhos para o poster não cair, mas deve ser mesmo por stiff upper lip - está do lado de dentro da porta do escritório (ergo, a olhar para a parede), logo não tem a visibilidade qbp um da sua espécie. E é verdade, eu embirro com o John Cleese, apesar de ter imensa piada.
(Mas ele só tem piada quando quer ter piada. O resto do tempo é só um homem muito rico, e não um rico homem.)
Isto a propósito dos Python. Pensamento profundo. O que eles tinham realmente em comum: inveja uns dos outros, para nunca se gramarem (por acaso, neste particular, parecem mulheres); acreditarem e divertirem-se com o non-sense numa breve parte das suas vidas; passarem o resto das suas vidas a ganhar dinheiro com isso.
Sinceramente, deviam ter-se dedicado à política.
(O Ricardo Araújo Pereira anda a fazer por isso)

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