Pedras Rolantes

"A vida é aquilo que acontece enquanto estás demasiado ocupado a fazer outros planos" John Lennon



"You can't always get what you want, but sometimes, yeah just sometimes, you can get what you need" The Rolling Stones



domingo, novembro 14, 2010

In your head

Zombie / The Cranberries (1994)

Another head hangs lowly,

Child is slowly taken.
And the violence caused such silence,
Who are we mistaken?
But you see, it's not me, it's not my family.

In your head, in your head they are fighting,
With their tanks and their bombs,
And their bombs and their guns.
In your head, in your head, they are crying...
In your head, in your head,
Zombie, zombie, zombie,
Hey, hey, hey. What's in your head,
In your head,
Zombie, zombie, zombie?
Hey, hey, hey, hey, oh, dou, dou, dou, dou, dou...
Another mother's breakin',
Heart is taking over.
When the vi'lence causes silence,
We must be mistaken.

It's the same old theme since nineteen-sixteen.
In your head, in your head they're still fighting,
With their tanks and their bombs,
And their bombs and their guns.
In your head, in your head, they are dying...

In your head, in your head,
Zombie, zombie, zombie,
Hey, hey, hey. What's in your head,
In your head,
Zombie, zombie, zombie?
Hey, hey, hey, hey, oh, oh, oh,
Oh, oh, oh, oh, hey, oh, ya, ya-a...



Será impressão minha ou este é o nosso filme de finados? Crianças com armas... pelo mundo inteiro. In my head, they're fighting. Já nada do que tínhamos assegurado se cola com cuspe nem com divisas.
Palavra que não me lembro de 1984 ser assim tão mau, com FMI e tudo. Palavra de criança que estava no 1º/2º ano do ciclo preparatório (ou 5º/6º anos whatever).
Palavra que ainda se ensinava, ainda se aprendia, ainda se compravam livros, ainda se via 2 canais de televisão. Palavra que não me lembro de se viver mal. Sou zombie porque me lembro de não me lembrar.
Sou zombie porque vivo no meio de zombies com ouvidos lixados pelo orçamento a fazerem contas à vida, a prazo, porque toda a gente sabe que com estes governantes só paramos no fundo quando estivermos a sete palmos de terra e vendidos, mesmo assim, a retalho. Seremos adubo. Seremos minhocas. Seremos nada.
É óbvio que o grande plano da Europa, que os grandes planos da América se vão gorar. Os ricos vão ficar mais ricos ainda, o resto vai ter de implorar, nesta grande aldeia tão amiga, tão global, tão otária.
Por vezes, têm que se dar muitos passos para trás para aprender a andar para a frente de novo. Como a "aprender com a nossa história". A História Universal, para variar, como todas as outras Ciências Exactas, é uma história de mentira, é a história que contaram os que sobreviveram, os que ganharam, os que adquiriram poder. "Dos fracos não reza a história".
Será assim um estilo de evolução Darwiniana (e não segundo Marx), quando mais poderoso mais corrupto, mais tentacular, logo mais adaptado à sobrevivência.
Só que a ética da sobrevivência, do comer e ser comido, é actualmente uma subversão gore. Somos vampiros na cultura, fantasmas na vida, canibais todos os dias.
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