Pedras Rolantes

"A vida é aquilo que acontece enquanto estás demasiado ocupado a fazer outros planos" John Lennon



"You can't always get what you want, but sometimes, yeah just sometimes, you can get what you need" The Rolling Stones



sábado, janeiro 22, 2011

wada ya want from me



Hoje estou em meditação. Se houvesse justiça & democracia (aquelas noções muito démodés), era neste Senhor que eu votava para PR. E o Obama ficava a chuchar no dedo. Are you feeling lucky today?

domingo, janeiro 16, 2011

o que faz falta...

...não é um presidente, é mexer-me e por motor no blogue. (em português antigo)

Estatística ou a área debaixo da curva

Desde Junho o blogger tem esta coisa maravilhosa que se chama estatística (aquela ciência que através da manipulação de resultados consegue chegar a qualquer conclusão que nos interesse). Como ser zombie-hibernante a tentar arrastar o balanço, antes de varrer a casa vou apresentar as contas (crise, qual crise?).
Sendo assim, é natural concluir que nos meses que mais escrevi, tive mais afluência (não estive a fazer contas ao nº de mensagens, acredito no deus do qui-quadrado e da população normal): Julho 374; Agosto: 460; Set: 404; Out 166; Nov 136; Dez 175; Jan 75 (so far).
Não me impressionei nada quando vi que os posts mais lidos eram sobre dores de dentes, esse mal da humanidade; contudo, o perfil veio a mudar para algo mais introspectivo, ie, mais meu. Intrigante é sempre o 2º lugar destacado para um quadro de Monet em letras alinhavadas. Gosto que seja lido.
1º: Parte 2-testamento vital -contemplar a dor (98)
2º: Paisagem com Pomar e flores (92)
3º: The Blower's Daughter (traição a Damien Rice) (51)
4º: Prenúncia de Morte (24)
5º: O País e o mundo (19)
6º: Final de Rascunho (18)
7º: Simple truths (10)
8º: Quebra (9)
9º: In principio (9)
10º: I wish I could (8)
Desde que comecei a espreitar a Tia matemática, os dentes foram desaparecendo (tirando o nº 1) e agora são pensamentos, vidas e comentários que abundam ...
As fontes de tráfego, ou seja, como é que os fãs ou ocasionais cá chegam:
1º google.br (!)
2º livrodepoemas.blogspot
3º blogger
4º links específicos de envio programado
5º google.pt(!)
6º asombradoteucao.blogspot (saravá!)
7º google.com
8º facebook
9º google.it (!)
10º bing.com ( o que quer que seja...)
É realmente interessante pensar que o Brasil é um mundo e Portugal um grão de areia; o google itália é surpreendente, espero que capiscem alguma coisa.
A pesquisa por palavras chave inclui: dente desvitalizado, clavamox dt para dores de dentes, Calvin, livrodepoemas, a "Tag-line" do blog, significado de blower (...), publicado por patrícia, angel gabriel song. Desconchavado, não? Estranho. Mas lá diz a estatística!
Finalmente, 63% dos visionários utiliza o i explorer, 16% o safari, 11% o firefox (e depois são tantos que me chateei, todos com <1%). Sinceramente, desde que cá cheguem em condições, nã m'interessa o browser, seja todos bem-vindos.
A pièce de résistance, é o sistema operativo (ou seja, até onde a internet é realmente "livre", ou se há alguém a vigiar esta aldeia): 82% windows, 16% mac, 1% ai-Pá-de (<1% restantes altas tecnologias). Merece o mesmo comentário que o parágrafo anterior.
Finalmente:(le) Portugal (douze points) 1012; Brasil 406; EUA 195; Canadá 28;tb Japão (!!!!!!), Vietname, França, Alemanha, Dinamarca e Itália. Com uma pequena nota, Portugal estava em 3º atrás dos US até há pouco tempo, e a Itália estava acima do Japão. O interesse do Japão, Vietname e Dinamarca em dentes desvitalizados é surpreendente, a menos que haja brasileiros e tugas a xeretar dessas paragens.
É portanto uma ferramenta utilíssima para conhecer os meus leitores (?????) portanto, continuo a escrever porque me apetece e não tão obviamente para ser lida. Pena é que me tem tudo apetecido tão pouco. Isso sim, sem dúvida é culpa da conjuntura.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Palco do Tempo



Uma das coisas muito boas de José & Pilar -a música. Que só vem provar a importância da Sra Ceifeira, tanto para Saramago, como para o documentário. Não obsta, brilhante, em breve será disponibilizada, no dia de São Valentim, tal como o DVD.

É o palco do tempo

Sem tempo a mais
São voltas ás voltas
Por querer sempre mais

É um verso atrás
Um degrau que não viu
São curvas as rectas
Num final não vazio

É o palco do tempo
Sobre o tempo a mais
São voltas à espera
Que não vivendo mais

Desassossego


Acho que não estarei a mentir se disser que o último filme português a que voluntariamente como espectadora pagante assisti no cinema foi Tentação. Posso dizer que gostei sobretudo dos Xutos e Pontapés. Fico sinceramente irritada se tiver que estar a ouvir o relógio fazer tique-taque, não que me tenha acontecido muitas vezes, como exemplo de filmes decepcionantes ao ponto de irritarem cito De Olhos Bem Fechados (Kubrik), Os Outros (Amenabar) e ainda estou para descobrir se A Origem (Inception) me gorou completamente as expectativas. Estudo bem a lição, geralmente, antes de entrar na sala. O ambiente tem que ser especial para merecer Cinema com C grande, o que cada vez acontece com menos frequência, já que se opta por um produto que venda cinema em casa(DVD ou bluray) em vez de Cinema(scope).
Esperava com certa ansiedade José e Pilar. Li vários artigos elogiosos sobre o documentário, sobre a cumplicidade com o autor do mesmo, sobre "a história de amor".
Acontece que fui ao cinema -a uma boa sala,diga-se de passagem, no UCI Corte Inglês- ver um documentário. Tal como no trailer, o "making of" A viagem do Elefante. Belo making of. Mas não era isto que nos vendiam.
A vida pode ser pública, privada ou íntima. A íntima seria puro voyeurismo uiquilítico. Esperava mais privada, pois, José e Pilar, e menos pública, a noblesse oblige das viagens que foram consumindo o escritor e a pessoa, que já não dedicava livros como na Feira do Livro, onde tinha sempre um sorriso para mostrar.
Conhecemos um carrossel de madeira (movido a vento de vela) com elefantes, conhecemos um senhor triste que não quer pensar na morte, contudo não fala de outra coisa, conhecemos a Pilar Presidenta, opinativa, manager, que trata José mais por Saramago que por José (porque será?), conhecemos Lanzarote -porque diabo Lanzarote, terra cinzenta, mar de cinza?
Conhecemos gente atarefada, um senhor magrinho e encovado que ri na menina dos olhos com vergonha, e sabe ser sarcástico no seu castelhano com pronuncia irrepetivelmente portuguesa. Tantas vezes pensei noutros filmes "isto é português?mas que raio de sonoplastas, havia de ter legendas". Pois este tem, quer se fale português europeu, brasileiro, castelhano, o que quer que seja, até Saramago ofegante antes e depois do internamento.
Tem muito de bom, de edição e montagem, de música, de construção, mas não me apanha pelo coração, porque são poucas as vezes que José & Pilar estão lá os dois sozinhos, a ser espiados por nós, consentindo.

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