Pedras Rolantes

"A vida é aquilo que acontece enquanto estás demasiado ocupado a fazer outros planos" John Lennon



"You can't always get what you want, but sometimes, yeah just sometimes, you can get what you need" The Rolling Stones



segunda-feira, outubro 24, 2011

Em homenagem ao status quo Português



(É só substituir "girl" e "love" por subsídio(s) e money, no original dos Walker Brothers)

Loneliness
Is a Cloak You Wear
A Deep Shade of Blue
Is Always There
The Sun Ain't Gonna Shine Anymore
The Moon Ain't Gonna Rise in the Sky
The Tears Are Always Cloud in Your Eyes
When Your Without Love - Baby
Emptiness
Is a Place Your In
With Nothing to Lose
But no More to Win
(Repeat Chorus, Except Exclude 'baby')
Lonely, Without You Baby
Girl I Need You
I Can't Go On
(Repeat Chorus, But Add An Extra
'the Sun Ain't Gonna Shine Anymore'
After 3rd Line)
The Sun Ain't Gonna Shine Anymore
(Repeat Till Fade)

sily stupid what


Entrevista de verão silly season like da revista única (Expresso)

(inquérito de verão inconveniente, segundo a nova grafia, criado por Luís Pedro Nunes)

1.      Já calculou a sua pegada ecológica ou está a borrifar-se para o assunto?

Sou poupada e ecofriendly, mas os documentários sobre o aquecimento/arrefecimento global, Al Gore e etc fazem-me sempre sentir culpada de alguma coisa.

2.      Se matasse alguém, como é que se livrava do cadáver?

Enterrava-o num composto orgânico biodegradável (ou servia-o ás postas ao jantar).

3.      Esticou-se muito para ter mais altura no registo civil?

Não, eles medem sempre as pessoas na posição fetal.

4.      Nos restaurantes pede um refrigerante light e depois uma mousse de chocolate para sobremesa?

Não gosto de refrigerantes; peço água ou sumo de laranja natural. Se o caso for para sobremesa, é para a desgraça mesmo, em forma de arroz doce, gelados, coisas boas (mousse não entra).

5.      Num filme de Woody Allen preferia ser o neurótico ou a mãe castradora?

Num bom filme de Woody Allen (não faço a coisa por menos), preferia obviamente A neurótica.

6.      Já se enganou e enviou um e-mail ou sms a dizer mal de uma pessoa para a própria pessoa?

Não utilizo mails ou sms para isso.

7.      Fiódor Dostoiévsky ou Fábio Coentrão?

O Fiódor não era do Benfica, pois não? E tinha neurónios em vez de prolongamentos louros. Hélas, nunca chegou a galáctico. E o Proust escrever armas de arremesso mais pesadas.

8.      Qual é o sítio mais esquisito onde já satisfez necessidades fisiológicas?

Há muita casa de banho pública que desafia a imaginação.

9.      Atende chamadas de números privados ou tem medo que seja o seu gestor do banco?

Não. A minha gestora sabe onde me encontrar e que eu não atendo números privados.

10.  Já “conheceu” alguém no facebook?

Não, mas já desconheci muita gente.

11.  Qual é a maior gaffe que cometeu?

Dizer a verdade, só a verdade e nada mais que a verdade.

12.  Qual é o pior filme da sua vida?

Os filmes beras, porcos e maus não fazem parte da minha vida, só os que adorei.

13.  Qual foi o seu dinheiro mais mal gasto?

Todo o que foi utilizado para pagar impostos ao estado, dívidas à Madeira e podia continuar…

14.  Já correu nua?

Correr, eu?

15.  Se não estiver ninguém a ver, tira macacos do nariz?

É mais do estilo mucopolissacáridos com a ajuda de várias bolsas de lenços de papel.

16.  Já deu um pequeno toque num carro e seguiu?

Dei & recebi.

17.  O que é pior numa ida à praia: pisar um ouriço ou encontrar o professor Marcelo?

Até agora, sempre tive uma co-existência pacífica com ouriços nas praias; já desliguei do Prof. Marcelo há uns zappings atrás. Portanto o pior numa ida à praia é pensar que se vai à praia, e encontrar um allgarve camónico (de camones, e não de Camões).

18.  Já alguma vez fez um pagamento com multibanco em que estava com medo de não dar autorizado?

Não.

19.  Qual é o seu palavrão preferido?

O meu léxico é muito diversificado; gosto do estilo IKEA, beståååå, boståååå, e depois, é claro, tudo o que tenha a ver com política.

20.  Quer aproveitar este inquérito para pedir desculpa a alguém?

Só se for a mim própria, por estar tão desneuronada que até respondo a isto.

sábado, outubro 01, 2011

luto pelos masterchefs (contribuintes)

O contribuinte irrita-se (naturalmente) quando vê a Rtp. Mas regra geral, o contribuinte não vê a Rtp, até porque as séries podres de boas, que dão na Rtp2 (juro!) são a horas abstonças, desencontradas, para falhados da vida, etc. Apeteceu-me. Aqui a contribuinte, por mais que endeuse o Jon Hamm e os seus e suas Mad Men (& women), não está á espera das 22.45 mais meia hora menos meia. Os outro canais foram desqualificados de apresentar séries porque as atiram para as 2h da manhã (lembro-me de ver o CSI quando fazia urgência internas - bem pela noite dentro). Quando se é espectador do AXN/FOX/etc em versão desesperada (as séries boas são cada vez menos), está-se à espera do prime time, isto é, 21.30 / 22.15. Como as coisas vão, posso tb contemplar o horário do Jornal da Noite.
Ora voltando à coisa pública, vai daí a alguns anos que acharam "curtido" continuar aquela cena das maravilhas, estilo com chamadas de valor acrescentado (ok, tb se vota pela net) e verbo de encher para muitos serões.
Depois das 7 Maravilhas de Portugal, 7 Maravilhas de Portugal no mundo, 7 Maravilhas Naturais de Portugal, chegaram as 7 Maravilhas (versão 10ª sequela idiota do Tubarão) da Gastronomia...
Haveria muito a dizer da febre culinária na civilização ocidental em tempos de crise, entre Hell's Kitchen, Masterchef's, e, porque não afirmá-lo, de Pesos pesados (marca registada). mas não me apetece de momento. As 7 gastro, edição especial em Santarém, foram, como espectáculo, inolvidáveis. A sério, há muito que não presenciava nada tão foleiraço (o Filipe la féria pareceria um génio de mise en scène). Também podemos evocar Catarina & Malato + Cataplana. Fica mal.
Homenagem à cozinha portuguesa era ter ganho o Alentejo. Não se come tão bem como no Alentejo. Ok, concedo que em Trás-os-montes tb têm umas especialidades. O Alentejo tinha 1 em 21 especialidades finalistas; o Alentejo ganhou 0. Porque isto tinha mais a ver com o "prato da casa", uma vez que os discursos de agradecimento foram de confrades e promotores turísticos (o que inclui presidentes de câmara, junta de freguesia, e, se calhasse, o Isaltino).
O queijo da serra (da Estrela) como entrada? perdão? Então o queijo não é...queijo? Não! É entrada, como as alheiras! Ugh. A descrição dos pratos como prazeres do palato/malato, seres sexy na voz de Catarina não despertou a fome. Vieram chefes & chacais entregar prémios. Nós (Lisboa e arredores) ganhámos a Sardinha e o Pastel de Nata. WTF!? É isto a nossa herança mediterrânica? Isto e a epopeia do Bacalhau?
Duas coisas resumem tudo: não houve Alentejo (e sim leitão picante da Bairrada) e o arroz doce nem foi nomeado. Pim! 


o ALL de nothing

Após a tirada assassina do bando Maddie MacCann, não há bife que não seja roasted, shaken & stirred na big All boo fair (city of rotundas and beaches em queda).
O Algarve, hoje, ou é golfe ou é pimba, e talvez as duas coisas ao mesmo tempo, com IVA a taxa reduzida. É terra de gente estranja, estranha, a saque & a monte. Tenho pena. Não o conheci assim. Já passou muito tempo, e muitos governos.

Um dia pior virá

(Agosto /Setembro 2011)

A verdade é como o LaPalisse e a lei como a de Murphy: não há nada a correr mal que não possa correr ainda um bocado pior. Embora todos nós saibamos que o coração da "raça" lusa já não aguenta uma prova de esforço, quanto mais um rating, uma Moody's, uma Angela ou uma Casa dos Segredos ( o que quer que isso seja).
Passou Agosto e o povo ruminou as férias mal digeridas com nortada dentro e muita vitor-garparzisse avulsa (novo acordo urográfico). Tá-se de férias. Tá-se.
Aos bravos do plutão (aquele que já não é planeta) que como eu, retiraram em Setembro, o que lhes resta esperar? Um local ermo sem internet nem rede telefónica nem televisão digital terrestre. Tende muito medo.

Quando voltarmos, a Grécia há-de parecer um lugar porreiro, pá.
Bora cortar os pulsos (aos ministros).
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