Do fundo desta noite que persiste
E que me envolve num breu eterno e espesso,
Agradeço aos deuses que possam existir
A natureza indomável da minha alma.
Nas garras das circunstâncias,
Não me crispei nem gritei alto;
Sob os golpes duros da sorte
A minha cabeça sangra mas o meu espírito é forte.
Para além deste oceano de violência e lágrimas,
Somente se vislumbra o terror das sombras;
E no entanto a ameaça dos anos encontra-me,
E achar-me-á, sem medo.
Interessa-me pouco que a passagem seja estreita,
Ou alta a carga punitiva;
Sou o senhor do meu destino,
Comandante da minha alma.
William Ernest Henley
Não encontrei no YouTube mais do que hiperligações; não pude trazer para o meu livro a voz de Morgan Freeman ao "ler" o original que talvez tenha contribuído para a sanidade mental de Mandela (Madiba) na prisão.
Não é pessoa que me encante ou que sinta como um mártir, apesar do estilo de camisas que implantou. Mandela não é Gandhi ou Luther King. Mas é um homem terrivelmente persistente e inteligente.
O filme de Clint Eastwood, subjugado pela crítica a "polidor do establishment" em tempo de vuvuzelas, não é em piloto automático. É Clint como Clint sabe ser, e como Freeman (Million Dollar Baby, Imperdoável) sabe ser. E Freeman dá a Mandela a sua pele, como na prisão de Shawshank, não quer deixar que o futuro seja igual ao passado.
(e sobre futebol se dizem apenas umas larachas, que rugby pode jogar-se na lama mas é jogo de cavalheiros, não só brancos, mas de uma África inteira. Assim fosse)
Colorblind (Invictus OST)