Pedras Rolantes

"A vida é aquilo que acontece enquanto estás demasiado ocupado a fazer outros planos" John Lennon



"You can't always get what you want, but sometimes, yeah just sometimes, you can get what you need" The Rolling Stones



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segunda-feira, maio 20, 2013

What's not to laike?


Muito sinceramente, estas injecções de orgulho nacional, melhor dizendo,  de national pride, por em inglês gostamos mais de ser enganados provocam-me uma urticária nos neurónios que é como se me nascessem lombrigas na cabeça.
Desde aquela célebre cena do Portugal this e Portugal that que as cabecinhas de medusa deste pardieiro decidiram mandar como recado à Finlândia que percebi que a pseudo-insuflação do ego faz parte do portuguesinho-olé. Os Finlandeses responderam "nós não nos esquecemos de quem nos ajudou", tão simples, a propósito da 2ª guerra mundial. E prontos.
Depois vieram as mensagens feelgood do prof Marcelo à troika... Não é a troika que precisa de vídeos, somos nós, como inteligentemente intuiu o Sr-seu-padrinho não sei se prof se doutor, também Marcelo, com as Conversas em Família.
Nessa altura não era dobrado em inglês e não havia "o papel higiénico mais trendy e sexy do mundo".
Sim, portuguese people, orgulhemo-nos, produzimos o papel higiénico mais sexy do mundo. Estamos a ir ao fundo em fashion. Em plain british a isto chama-se ser plain dumb.
Rejubilai, pois, e Like Portugal (porque gostar ou amar, é complicado, só precisamos de vender a ideia a esses milhões de estrangeiros que estão desertos para nos salvar). Portugal é o lugar to work, porque a população activa já se pisgou toda, o lugar to live porque é o melhor destino de golfe e praia da Europa (só falta é falar do SNS, da corja que nos desgoverna, etc), É o lugar para crescer (nomeadamente porque a luz a fim do túnel já é tão pequenina...).
Insuflemos britanicamente as nossas supostas qualidades - fado, vinho, azeite, bacalhau, café... e pasteis de belém. E eu a pensar que havia mais, mas afinal de que sabem os servos da gleba?
Há muitos países que confiam em nós, isso, e aquela coisa, windfarms, nunca tinha ouvido falar, julgava que era energia eólica, mas para quê, se continuam todos com o olho no pitrol, e nas nossas priviligiated relations with Brazil, Angola, Guinea, Mozambique (carrada de zs, felizmente os Açores parece que não são motivo de orgulho: não falam a língua nativa, certamente) e por último, mais importante, porque é o Sponsor Guest (TM), Spain.
Onde iríamos nós sem o nosso irmão mais gordo? Neste momento, lamento dizer-vos, nuestros hermanos, o vosso inglês like shit with some fat flies não vos salvou dos imensos sapatos de cimento com que a imensa Mafia Mãe Europa (+Rajoy + Juan Carlos em pessoa) vos empurrou para a fossa das Marianas.
Neste momento, o irmão fracalhote está á deriva na jangada de pedra com os tubarões à volta, e é a eles que apelamos para que nos comam em versão polilingue e financiada por um banco (espanhol), que almejando o bom iberismo, também patrocina uma milionária liga de futebol.
A ser enganada, prefiro ser enganada pelo meu banco, que eu financio até ao tutano como regular contribuinte desta espelunca. O meu status de analfabetismo financeiro é, pelos vistos, menos mau que o do FMI, mas de qualquer modo não me permite olhar de soslaio e ver alguma coisa que goste em Portugal, actualmente. Certamente não as fibras do fato de banho do Phelps e os sistemas de GPS.
Alguma vez um like salvou alguém, srs banqueiros? Façam favor e vão à swap que vos pariu.

sábado, março 24, 2012

O Natal dos pobres é quando a Câmara quiser

Nunca é tarde para relembrar uma idiotice pública. Em tempo de austeridade, parece que partiram para bingo. As LED sairiam assim tão caras aos senholes da EDP? Ao Gaspale ou ao Costa?
Nem nos valhe o bacalhau.

quinta-feira, setembro 17, 2009

acribia

Acribia = sf, estilo preciso, rigoroso. (Dicionário Lello Popular)

Este substantivo tem que ser purgado quanto antes, hoje, se possível. Akribie. Segundo me foi contado, é uma palavra alemã, encontrada ao calhas num dicionário, que soava bem e cujo significado era coerente com Kant.
Durante dois anos, penso eu, embora não tenha a certeza exacta, akribie foi co-editora deste blog. Não escreveu muito. Nesse mesmo tempo fui co-editora do blog dela. Escrevi um bocado. Mas senti-me sempre intrusiva, porque ela não utilizou o meu sequer para mandar umas bocas. Numa onda de solidariedade, fundámos um blog juntas, o "descoroçoadas anónimas". Não desenvolveu. Nem chegámos ao logótipo para a t-shirt.
Podia dizer que foi por várias e diversas razões que patrícia se retirou de amuos, akribie em resposta, desapareceu de livrodepoemas e bloodless medicine, e patrícia carregou no botão eliminar de descoroçoadas. Mas não foi. Não foi uma cena de miúdas, que gostam de partir a cara uma à outra, puxar cabelos, arremessar compêndios de "donas de casa desesperadas" e manolos de "o sexo e a cidade".
Foi assim: "(...) horário muito complicado não consigo ser a amiga que precisas." e "Tenho pena, mas creio que é inegável que não consigo dar-te o apoio que precisas". Por SMS. E depois, Log Out.
Posso ser coerentemente estúpida, mas agora é assim que os amigos se demitem e raspam, dão à sola, ciao? Já dei largas à minha indignação, mas fartei-me depressa. Comigo, being bitchy não pega. Sobretudo quando a vizinha da frente dela estava na fase terminal de um cancro de pulmão. Des-larguei.
Ela sabe que eu sei que ela sabe que eu sei, que o que ela fez foi uma grande filha da ***ice, na pior altura, recorrendo aos métodos, já não originais, a que eu seria mais sensível (SMS FOR GODI SAKE, como diziam numa telenovela). Depois de passado o período de fúria & etc, não deixei de perguntar a mim mesma, "mas isto é ser amiga? foi alguma vez ela minha amiga? ou esteve a curtir o tempo todo com a minha fossa?". Deu-lhe é certo, para quase todo o Verão, Outono e Inverno, entradas do novo ano e por aí fora. Será que, por necessidade, fui incapaz de distinguir uma verdadeira amizade de uma cusca hiperactiva?
Para mais, conhecia na posição de médica/doente, já lá vai mais tempo. Noutras circunstâncias, talvez nunca nos tivéssemos encontrado ou talvez nos achássemos desinteressantes qbp. Ela gosta de nightadas, eu não. Ela é de Letras, eu sou de Ciências, coisas assim. E a Hello Kitty. Disfarçada por uma janela de alguma superficialidade, pensei que tinha encontrado a pessoa que vivia lá dentro. Mas o que é certo, é que no fim de tudo, descobri que nem sei o nome do pai dela.
Toda a gente tem pontos fracos & fortes, traumas digeridos e por digerir. Nunca me considerei na posição de julgar uma pessoa por não pensar exactamente como ela. Aliás, perante um acontecimento, há sempre 2 versões: a nossa, e a dos outros. Sabendo que nenhuma delas costuma ser completamente consentânea com o assunto, a mim não me custa nem me choca, que a "virtude" esteja algures no meio do caminho. Não obsta, duas visões diferentes podem ter uma aproximação. Pensava eu um dia. Pois. Como tudo.
É torpe, vil & degradante, esperar qualquer coisa dos outros e sair isto. É que já não é esperar muito, no caso, era só que estivesse lá e que ouvisse se pudesse. E sai-me isto. À laia de despacha.
Numa amizade, o médico é sempre o médico, quer quando os amigos precisam, quer quando lhe dão com os pés. Que se recomponha, mais aos problemas dos outros que carrega por defeito/feitio. Deixou de ter piada. Deixou de ser light? Deixou.
Sobrou uma breve contenda de blogs o meu-o teu-o nosso e uma curta disputa sobre a custódia de um livro emprestado, praticamente muda e sem troca de palavras. Deve ser isto o "Divórcio na Hora". Devo ter-me enganado no sítio, isto não é vida, é o hi5 ou o facebook, descartável.
Gostava que não tivesse acontecido, mas já não tenho paciência, idade, ou vontade de levar desaforos destes para casa.
Estilo preciso e rigoroso. Finito.
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