Estou cansada de não pensar, de me recolher nas sombras e nas pausas dos ruídos diurnos, para manter um resquício de sanidade num mundo tóxico e urticante. Não sou pessoa de muitas ou poucas palavras; depende da máscara com que funciono - posso até ser alergica à voz humana.
O trabalho real da espera cansa. Dormir cansa. O calor cansa mais que a chuva, aleluia. A gravidade, todas as gravidades, já não são o que eram. E tudo o que eu quero é voltar a criar anticorpos no próximo. Não existo se me anulo enquanto personagem civilizada. Tenho opiniões contrárias a virtuais dizeres que sim. Começar é (sempre) reaprender um novo passo.