não serão os últimos
olha à tua volta,
estes são os dias dos que pedem e dos que escolhem.
Este é o ano do (homem) faminto
cujo lugar já passou à história
de mão dada com a ignorância
cheia de desculpas legítimas.
Os ricos declaram-se pobres
e a maior parte de nós não tem a certeza
de ter sequer o suficiente
mas temos que arriscar
porque Deus desviou o olhar
parece-me que algures ao longo do caminho
Ele nos deixou sair para brincar
voltou as costas e todas as crianças de Deus
deslizaram pelas traseiras.
É difícil amar, tudo envolto em ódio,
suspende-nos a esperança
quando já não a sabemos procurar
e os céus feridos lá em cima dizem que já é muito tarde,
talvez devêssemos todos (rezar)pedir um pouco mais de tempo.
Estes são os dias da mão vazia
agarramo-nos ao que podemos
e a caridade é uma máscara
que usamos duas vezes por ano.
Este é o ano do (homem) culpado
a tua televisão encarrega-se disso
e descobres que o que acontece lá fora
acontece aqui,
e então gritas por trás da porta
dizes o que é meu é meu e não vosso
posso não ter muito mas tenho que arriscar
porque Deus deixou de se preocupar.
E tu agarras-te àquilo que te venderam
será que cobriste os olhos quando te disseram
que Ele não pode voltar
porque já não tem crianças para as quais regressar?
É difícil amar, tudo envolto em ódio,
suspende-nos a esperança
quando já não a conseguimos encontrar
e os céu feridos lá em cima dizem que já é demasiado tarde
talvez devêssemos todos (rezar) pedir um pouco mais de tempo.
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o original de George Michael é de 1989
não parece agora, 2009, muito mais adequado ainda
mais perto do surreal quotidiano