Uma pessoa sente-se fina, mas não no estilo elite dominante ou qualquer coisa do género.
É algo que vem mesmo de cima (em contrapartida a tudo o que vem intrínsecamente de baixo, do que faz por ser e por estar e por parecer) e que não tem silly season.
É um boião de cultura, não gratuito, mas a preço tão acessível que faz a gasolina e os tinteiros para as impressoras parecem ridículos, senão mesquinhos.
A música está aqui - ainda não a levaram - , nem o Pai, o Filho e o Espírito Santo apanharam o último comboio para a costa (como no bye, bye miss american pie...). O espaço e o tempo, que temos sem dúvida que os arranjar nós, ainda estão disponíveis.
Hoje aprendi com um senhor cubano que veste de negro, que se pode ser humilde, diplomata, músico, pobre, rico, ter uma família em cada sorriso, ser feliz e cantar. Não diria apesar de ser cubano. Diria com todo o orgulho em ser cubano, sem cravar uma caneta, isqueiro ou telemóvel. Com ou sem camarada Fidel.
Devíamos aprender a ser todos cubanos, não só a chorar a morna deste triste fado, mas a cantar a música que nos devolverá a esperança.