O meu nirvana é feito dos que ouvem e amparam (mesmo que o meu mundo não seja desta terra). O meu nirvana é para, pensar e ser eu só, escrever, voltar a mim e às minhas ideias. Mais pacíficas do que eu. Não gosto de violência, mas posso ser tão violenta, bruta, brusca, meu Deus tudo junto o que eu não quero numa centelha de segundo.
Na próxima re-encarnação deveria ser cega surda e muda e com uma paciência infinita... talvez um insecto seja assim. Talvez eu merecesse ser um insecto feliz.
A palavra chegou, control-freak, acompanhada pelo seu derivado, hoje em dia somos todos control-freaks dentro de certos parâmetros. O medo de perder o controlo, emocional, racional, físico, de uma situação é cada vez mais potente na sociedade, mas a sociedade cada vez mais premeia os que se extinguem, que se anulam (os freaks que já não precisam de controlo).
Eu preciso de um certo número de variáveis controladas, embora não saiba quando vai eclodir a guerra que nos matará a todos, o terramoto, o asteróide, a calamidade, a epidemia, o atentado terrorista, a calamidade económica ou apenas uma impossibilidade física ou eléctrica que faça o coração deixar de bater.
Eu preciso de pensar sozinha, mas de ouvidos que me oiçam. Terei verdadeiramente sido abençoada nalgum aspecto. Quero acreditar que sim. Que os ouvidos que me ouvem são da mais pura qualidade. E que os ombros que me acolhem não desistirão por um segundo. Isto será nirvana. Não peço mais.