Pedras Rolantes

"A vida é aquilo que acontece enquanto estás demasiado ocupado a fazer outros planos" John Lennon



"You can't always get what you want, but sometimes, yeah just sometimes, you can get what you need" The Rolling Stones



segunda-feira, julho 20, 2009

..."the selfish moon on its jealous sky"...

Haveria tanto para dizer... mas não tenho um mínimo de disposição. Sobre o passo pequeno feito grande etcetera, sobre o estimulo para as artes, ciências e tecnologia etcetera, sobre o computador de bordo com uma capacidade de processamento inferior ao ZX Spectrum 48K e sobre o centro de comando de Houston, muitíssimo inferior a um Blackberry.
Haveria. Quase. um mundo grande feito pequeno.
Hoje. 40 anos. A internet e um site dos states sentadas ao meu colo. Eu escrevo para o mundo que me quiser, como uma aldeia.
E no entanto, a egoísta lua roda no seu céu ciumento e o mundo tão pequeno de nós afasta-se. Ilhas, máscaras e verdete que se afastam. Nós. Pequenos. Sozinhos. Universo em expansão.
Tão longe aqui tão perto. As misérias do mundo. As misérias de nós. A pobreza de nós.
Neste dia, como em tantos outros, uns poucos de nós ficam mais pobres. E fingem, se forem poetas, loucos, bêbedos, ou qualquer mistura dos três, que não houve uma perda, ganhou-se uma estrela. Meu Deus, como esta semana de Julho será iluminada...
Que não houve uma troca, ficou uma memória viva no coração. Que a passagem é indolor para o viajante, que o destino é sempre melhor que a partida.
E no entanto ele parte-se, o coração. Para os chegados e para os conhecidos, por se partir a si e por sentir partir os outros. Tanta Lua, tanta estrela deveria haver por todos os nossos. Tolos, os nossos.
Hoje já não é dia da alunagem, é dia de partida(s) exactas e muito próximas. Palavras preferidas - morreu calmo, em paz, sem dores, sem dar por isso. Mesmo quando sabemos que não foi a ceifeira a vir à colheita, mas a falha humana ou o limite em que a pessoa doente se torna doença com pessoa.
Ninguém gostaria de mencionar o parágrafo passado mas é verdade. É com a vida que se tem de ter cuidado, e não com a morte. A morte, por defeito, só leva embora o que já não luta (ou que tem alguém a lutar firmemente por procuração) e já só procura o caminho até à estrela que há-de nascer na lembrança.
Havia de ser como nascer, feliz, mas ao contrário, não infeliz. Poucas vezes é. Deixa um vazio que as lágrimas não preenchem.
Como o mar que podia ser da tranquilidade, i wish i was a river...
(não é por nem para, é por causa de PA e AC)
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