Tragam-me a Lua até ao fim da década, vociferou Kennedy. Se não fossem os americanos, seriam os russos... ou não estariam todos mais interessados nas capacidades bélicas dos foguetões como mísseis e dos satélites com espiões, do que em fazer ciência (von Braun rima com V2).
O mais incrível foi os astronautas terem cumprido o pedido num espaço de oito anos com o presidente morto e enterrado. " Não por ser fácil, mas porque sabemos que é difícil", como é que ele sabia tanto para afirmar sem parecer um soundbyte? 1969 não foi,obviamente, o último ano da década, sequer, foi 1970.
Parece que à hora de cá alunaram às 9 e tal da noite e saíram para o famoso spacewalk de madrugada. A única coisa a favor das teorias da conspiração: nos States, foi programadinho para acontecer a horas mais favoráveis a verdadeiros picos de audiência, mal comparado com os BigBs e Canal Parlamento.
Verdade, verdade, é que hoje, não chegávamos lá outra vez. Laxismo, crise, gripe A, luto pelo Michael Jackson, ou outra desculpa foleira qualquer como não posso estou no twitter.
Eu não vi. Não estive cá por ainda uns anos, a minha memória é iconográfica. E tal como no resto, se a memória do "meu passado" colectivo passou lua, o meu futuro caminha por um deserto.
Acima, um traile de um filme que estreou em Inglaterra, Moon, sobre um funcionário solitário numa base lunar...não por muito tempo. Num passado alternativo, podia ter acontecido.