Umas das lições que Andy Dufresne (Tim Robbins) deu a todos na prisão de Shawshank foi a de que enquanto tivermos a ideia, a esperança de liberdade, de música, de Mozart, do que quer que seja que nos ilumine, na cabeça e no coração, essa música, essa ideia, essa esperança não morre nunca.
Será verdade, neste nosso mundo, real como Red (Morgan Freeman), que a esperança é uma falácia porque quem espera morre do sonho em que se meteu? Não haverá nada?
É mais simples viver de costas para a parede e ignorar a possibilidade de que realmente, se quisermos, podemos? Inclusive deixarmos de ser poeira e passarmos a ser pegada -one small step for mankind, one great step for men? E deixarmos tantas pegadas que seja impossível não as ver, ou este mundo que nunca foi nosso, nem por empréstimo, vai continuar cinzento, sozinho, orgulhoso, autista, fechado e calado?
É mais simples viver de costas para a parede e ignorar a possibilidade de que realmente, se quisermos, podemos? Inclusive deixarmos de ser poeira e passarmos a ser pegada -one small step for mankind, one great step for men? E deixarmos tantas pegadas que seja impossível não as ver, ou este mundo que nunca foi nosso, nem por empréstimo, vai continuar cinzento, sozinho, orgulhoso, autista, fechado e calado?
A minha dualidade não me convence: apesar do filme acabar bem, é um filme, uma improbabilidade. As nossas vidas são improbabilidades. Morreremos sem sonhar ou por causa de termos sonhado? Nós podemos, mas será que queremos? Tentar?