Há uma loja de decoração com nome na nossa praça, chama ÁREA, com um sinal de infinito, ou atrás ou à frente, só para se ficar a saber bem qual é, com lojas bem espalhadas por todo o país (antes chamava-se HABITAT); tenho a vaga suposição que é ou foi inglesa.
Pois por lá se passeiam a preço módicos umas esferazinhas decorativas, com um diâmetro aproximado ao meu palmo (que não é grande), com a colagem, a imitar pintura dos séc. XVII/XVIII do globo terrestre. Tudo bem, objecto bem acabado, vistoso. A curiosidade levou-me a olhar para o que lá estava desenhado -ó mente insana!
Umas ásias, américas, áfricas, açores, europas (legendas em francês). Península ibérica esfrangalhada. Espagne. Lisboa? nãããão! Seville. Le Portugal? Zéro points.
Le Portugal au 17ème/ 18ème siècle n'éxiste pas. Não é que eu já me importe pela tomada hostil da Espanha (1580-1640, ok; 2008, ok). Mas naquela altura, acho que ainda éramos relevantes... e os Açores estão lá, logo nem sequer a teoria "jangada de Pedra" versão para um país só se aplica... Nos escafodemos, pura e simplesmente, do globo terrestre. Ai Sebastião José...
Não foi só imbuída por um certo orgulho tuga ferido, mas as "bolas" estavam no primeiro andar, e deu-me uma súbita vontade de praticar arremesso (elas são leves) tendo com alvo peças quebráveis (quanto mais caras melhor), cabeças de funcionários no piso de baixo, e já agora, cabeças de todos os cretinos que lá andassem a passear, a começar por dez encestamentos no segurança da porta. Pena, serem leves, mais pesadas davam mais pontaria, estilo andebol, vólei, então basquete era uma maravilha. Já não pedia bowling, mas pronto.