Dizia o amigo Eça que o país é Lisboa e o resto é província. Se fosse seu contemporâneo, Pinto da Costa tinha-lhe ido aos gasganetes e enfiado Uma Família Inglesa pela goela.
Mas em grande medida, concordo com o amigo Eça. Lisboa é um mastodonte ingovernável, logo único local possível para o Governo trabalhar.
Descontando a Invicta, a 3ª cidade do país é Coímbra, onde o trânsito já é impossível, mas também é dificil encontrar a sede do posto de turismo (como em muitas outras cidades portuguesas, devia ser bem sinalizado) e já se nota uma certa confusão de infra-estruturas (embora tenha a Universidade mais antiga!).
Algarve à parte, que foi construído para turistas estrangeiros, a menos de 100km de Lisboa desaparecem cyber-cafés, postos de ligação à net (não precisam ser wi-fi; porque não uma simples ficha RITA?), postos multibanco, supermercados. Desaparecem.
Há 15 anos, quando os telemóveis eram miragem, fazia-se à noite bicha (no Algarve profundo), que dava volta ao quarteirão, para falar para casa na única cabine telefónica da região.
A maioria das casas de férias continuam a não ter telefone. Vá lá, já têm luz e água canalizada, mas provavelmente a construção é ilegal segundo o PDM da zona.
Quando deixaremos de ser tão analfabetos?